Uma Cataplana Portuguesa em Macau

No dia em que acertei a minha viagem a Macau com os representantes do Turismo de Macau em Portugal, a primeira pessoa com quem falei foi com o Martinho Moniz.

Quando o conheci, há uns bons anos, era apenas um puto de Leiria às ordens do chef Aimé Barroyer na cozinha do Hotel Pestana Palace, em Lisboa. Hoje, já feito chef e cozinheiro (como ele gosta de se definir), trabalha há 7 anos na antiga colónia portuguesa, onde demonstra com sucesso que a gastronomia portuguesa vai muito além daqueles pratos básicos que todos sabemos fazer.

Era a pessoa certa para me orientar por aquelas bandas. E, assim que lhe disse que ia visitá-lo, pôs-me logo em contacto com algumas pessoas que tornaram esta viagem inesquecível. É muito simples: sem a ajuda do Martinho, esta viagem não teria sido tão rica do ponto de vista cultural e gastronómico.

Enquanto tentávamos perceber o que seria interessante retratar, sentimos que era importante estabelecer uma ponte entre as gastronomias de Portugal e Macau - uma relação que se foi esbatendo ao longo dos tempos, principalmente depois da passagem deste território para a China, em 1999.

Durante estas conversas que íamos mantendo no Skype, surgiu a ideia de cozinhar um prato típico português nas ruas de Macau. E foi desta forma que nasceu “Uma Cataplana Portuguesa em Macau”.

Neste dia, fomos à pesca logo de manhã, ao mercado e ao princípio da noite instalámo-nos junto a um “estabelecimento de comidas” (uma designação desempoeirada que permite legalizar mais rapidamente um pequeno boteco sem as burocracias do costume ). E, como se costuma dizer, o resto é história. Uma história vivida por portugueses, macaenses e chineses, que se juntaram à volta de um prato português, sob calçada portuguesa, num território tão distante e que ainda nos diz muito.

Aqui fica uma pequena amostra de um dia memorável.

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